Desempenho da Renda Fixa no 1º Semestre de 2025
Remuneração elevada e segurança atraíram o investidor para a renda fixa
LUCIO SILVA - 26/08/2025 11:41
Remuneração elevada e segurança atraíram o investidor para a renda fixa
LUCIO SILVA - 26/08/2025 11:41
O primeiro semestre de 2025 foi marcado por um desempenho robusto da renda fixa no Brasil, consolidando-se como o principal destino dos investidores em meio ao cenário de juros elevados e incertezas no campo político e tributário.
De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), os fundos de renda fixa registraram captação líquida de R$ 59,4 bilhões entre janeiro e junho. Apesar de relevante, o valor foi inferior ao captado no mesmo período de 2024 (ANBIMA). Ainda assim, o patrimônio líquido desses fundos alcançou a marca de R$ 4 trilhões, alta de 11,1% em relação a junho de 2024, segundo apuração do Infomoney (link).
Os produtos de crédito privado também tiveram destaque. Os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) acumularam captação de R$ 35,2 bilhões, com crescimento de 51% no semestre, ainda segundo a ANBIMA (relatório). Dest modo, os FIDCs se consolidaram como uma das alternativas mais buscadas em um contexto de diversificação e de busca por retornos acima do CDI.
No mercado de títulos públicos, os índices da renda fixa também tiveram desempenho positivo. Segundo a ANBIMA (link), o IRF-M 1+, que acompanha prefixados de prazo superior a um ano, foi o grande destaque, com retorno acumulado de 12,89% no semestre. Prefixados de curto prazo (IRF-M 1) subiram 6,87%, enquanto os títulos indexados à inflação de prazo longo (IMA-B 5+) renderam 10,74%. Já o IMA-S, ligado às LFTs, avançou 6,55%.
O mercado corporativo também acompanhou esse bom desempenho. As debêntures incentivadas renderam 10,81% no semestre, enquanto o índice geral de debêntures (IDA) teve alta de 9,26% (ANBIMA).
No conjunto do mercado, os investimentos dos brasileiros somaram R$ 7,9 trilhões no primeiro semestre, valor 6,8% superior ao registrado no segundo semestre de 2024 (E-Investidor/Estadão).
Desse total, a renda fixa representou 58,9%, enquanto a renda variável ficou com 13,1% e os híbridos com 9,6%. Produtos tradicionais como CDBs cresceram 9,9% e atingiram R$ 1,7 trilhão, enquanto as aplicações em ativos isentos de IR, letras e certificados de crédito agrícola e imobiliário, somaram R$ 1,388 trilhão.
Em resumo, os números mostram que a renda fixa manteve protagonismo no primeiro semestre de 2025. Fundos, títulos públicos e debêntures registraram rentabilidade positiva, a captação seguiu sólida e os investidores continuaram privilegiando segurança e previsibilidade. O cenário foi impulsionado pela Selic ainda elevada e pelo apetite por papéis indexados à inflação, consolidando a renda fixa como peça-chave nos portfólios brasileiros.
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